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Que tal um passeio a Cachoeira, a Cidade Histórica da Bahia?

Publicado em: 07/08/2023
Por: Adilson Fonsêca
Atenção: Caso qualquer das fotos que ilustram essa matéria seja de sua autoria nos informe via WhatsApp (71) 9.9982-6764 para que possamos inserir o crédito ou retirar imediatamente.

Você com certeza vai se encantar com a própria história da cidade, que é uma parte da própria história do Brasil e da Bahia. Dez anos depois da fundação da primeira capital do Brasil, Salvador, em 1549, por Thomé de Souza, surgia nas margens do Rio Paraguaçu, a 120 quilômetros de Salvador, a cidade de Cachoeira, hoje tombada pelo Instituto do Patrimônio e Histórico Artístico Nacional (IPHAN).

Pelas suas ruas estreitas e calçadas, na maior parte, com paralelepípedos, essa jóia arquitetônica do Recôncavo Baiano, começou a ser erguida em 1559 e se com solidou a partir de meados do século XVII, alcançando seu apogeu, com os ciclos da cana-de-açúcar e do fumo, entre os séculos XVIII e XIX. Chamava-se Vila de Nossa Senhora do Rosário do Porto da Cachoeira, hoje simplesmente Cachoeira.

Rota de integração da capital com o interior, pela Baía de Todos osa Santos e depois pelo rio Paraguaçu, teve o seu progresso por causa do porto na margem esquerda do rio, de onde chegavam por terra as mercadorias vindas do interior principalmente dos engenhos de cana e das fazendas de fumo e de gado, e que embarcavam em grandes saveiros para a capital do Brasil Colonial, Salvador.

Patrimônio – A cidade de Cachoeira é conhecida nacionalmente também pelo seu passado histórico, sendo o berço da luta pela Independência da Bahia, em 1832 – um ano após a independência do Brasil – e de onde partiram as tropas brasileiras, com contingentes de várias partes do estado, para lutar contra os portugueses sediados em Salvador. Devido à sua importância geográfica, econômica e política, a cidade abrigou várias instituições políticas e religiosas, e moradias de grandes fazendeiros.

Do seu conjunto arquitetônico urbano, se destacam vários casarios barroco, sobrados, capelas e igrejas, que a fez, em 1971, receber do Governo Federal, o título Cidade Monumento Nacional, através do Decreto-Lei nº 68.045. E foi tombada como Conjunto Arquitetônico e Paisagístico pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – IPHAN, sendo inscrito no Livro do Tombo Arqueológico, Etnográfico e Paisagístico.

Como ir – A melhor sugestão para se conhecer essa parte da história do Brasil, é sair de manhã cedo de Salvador, de carro ou de ônibus, do Terminal Rodoviário, e ir curtindo a beleza do traçado da rodovia BA-026, que começa no quilômetro 59 da BR-324, a principal rodovia que sai de Salvador. No seu trajeto vale dar uma parada na pequena Santo Amaro da Purificação, a cidade dos Veloso (Caetano, Bethânia e a matriarca Dona Canô). Conhecer um pouco do Mercado Municipal e do seu casario colonial.

De lá continue pela BA-026 e vai se deslumbrar com a paisagem de serra com floresta da Mata Atlântica e o que ainda resta de canaviais. Há duas fontes naturais na beira da rodovia, mas por uma questão de segurança, é melhor seguir em frente e rapidamente, descendo a serra, chegar na beira do Paraguaçu, e no cais de Cachoeira.

O que ver

 

Dentre os inúmeros sobrados, capelas e igrejas, casarios barrocos e coloniais, alguns se destacam para uma visita mais acurada. Ao final da jornada, vale um bate papo com petiscos, em um dos bares e restaurantes na beira do cais, tendo ao fundo o Rio Paraguaçu, e do outro lado da margem, a cidade co-irmã de São Felix.

Casa de Câmara e Cadeia Pública – Construída entre os anos de 1698 e 1712, está situada no limite da parte plana da cidade, posição estratégica para proteger o prédio das enchentes do Rio Paraguaçu. Por duas vezes, a construção foi sede do Governo Legal da Província. Foi nela ainda que Dom Pedro I foi aclamado Regente e Defensor do Brasil, em 1822

Convento e Igreja Nossa Senhora do Carmo – O Conjunto do Carmo é formado pelo Convento e pela Igreja da Ordem Terceira do Carmo, possui notável valor histórico e monumental. Encontra-se na Praça da Aclamação, região tombada pelo IPHAN. A Construção é de 1715, em estilo barroco. O interior da igreja é revestido de ouro e painéis de azulejos portugueses, abrigando também imagens de madeira de Macau. O prédio do Convento já acolheu o Paço da Câmara, a Casa da Moeda, quartel, pensão e até hospital.

 

Igreja Matriz de Nossa Senhora do Rosário – Construção do Século XVIII localizada entre a Rua Ana Nery e a Praça 13 de Maio, a Igreja se destaca pela riqueza de seu interior, que possui imagens, telas, alfaias, sacrário de prata e revestimento de azulejos historiados. Do interior de suas torres piramidais, também revestidas de azulejo, é possível apreciar a vista de quase toda a cidade de Cachoeira e parte de São Félix.

Igreja Nossa Senhora da Ajuda – O edifício foi construído em 1687 e foi a primeira igreja da cidade de Cachoeira. Abriga as imagens de Nossa Senhora da Ajuda, São Francisco de Assis, São Benedito, Santa Luzia, São Caetano e São Pedro. Nesta Igreja encontra-se a Irmandade de Nossa Senhora d´ Ajuda.

Imperial Ponte Dom Pedro II – Foi inaugurada em 7 de julho de 1885, ligando Cachoeira a São feliz, sobre o Rio Paraguaçu. Sua estrutura é composta de ferro e lastros de madeira importados da Inglaterra e mede 365 m de comprimento e 9 m de largura.

Museu Regional da Cachoeira – Sede do IPHAN – Situado na Praça da Aclamação, encontra-se alojado em uma mansão colonial do século XVIII, dividida em dois pavimentos, como é também a característica das demais construções que o cercam. O sobrado foi uma das mais ricas e importantes residências baianas e pertenceu a diversas famílias de Cachoeira até ser doado ao IPHAN, em 1953.

Centro Cultural da Irmandade da Boa Morte – Centro cultural com o objetivo de preservação da cultura afro-brasileira na Bahia e valorizar a tradicional festa que é patrimônio imaterial da Bahia, a Festa da Boa Morte. Foi reinaugurada em 2014, após ter sido reformado.

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