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E por que não conhecer Cachoeira, a cidade da independência da Bahia?

Publicado em: 07/06/2023
Por: Adilson Fonsêca
Atenção: Caso qualquer das fotos que ilustram essa matéria seja de sua autoria nos informe via WhatsApp (71) 9.9982-6764 para que possamos inserir o crédito ou retirar imediatamente.

A distância é pouca, 120 quilômetros de Salvador, e o acesso ainda permite uma parada em Santo Amaro, a cidade da família Veloso, famosa pela sua  ganha contornos históricos todos os anos, no 02 de Julho, data da Independência da Bahia, ocorrida em 1823. Foi de lá que partiram as primeiras ações que resultaram na expulsão das tropas portuguesas na Bahia e a consolidação do processo e de independência do Brasil.
A| cidade é tombada como Patrimônio Histórico e Cultural, por causa da sua história que permanece viva nas tradições e nos monumentos e prédios públicos espalhados por toda a área. É um município, localizado nas margens do Rio Paraguassu, o mais importante da Bahia, com uma população 33 861habitantes.
A cidade é uma das que mais preservaram a sua identidade cultural e histórica com o passar dos anos, o que a faz um dos principais roteiros turísticos históricos do estado. Além disto, a imponência do seu casario barroco, das suas igrejas e museus, levou a cidade a alcançar o status de “Cidade Monumento Nacional” e “Cidade Heróica” (pela participação decisiva nas lutas pela independência do Brasil) a partir do Decreto nº 68.045, de 13 de janeiro de 1971, assinado pelo presidente Emílio Garrastazu Médici.
Época áurea – O apogeu da cidade foi durante os séculos XVIII e XIX, quando seu porto, no rio Paraguassu, era o principal meio de ligação com a capital, Salvador e demais localidades do Recôncavo baiano, párea as mercadorias que  vinha  ou eram transportadas para o interior do estado, principalmente a cana-de-açúcar, fumo e café, além de alimentos e gado. No início do século XX, porém, a economia da cidade entrou em declínio, mas o seu apogeu histórico-cultural, refletido nos prédios públicos, permanece até hoje.
A significativa presença de africanos e afrodescendentes em interação com europeus de variadas nacionalidades em Cachoeira durante o período escravista, deu origem à riqueza dos engenhos de cana ao longo do Rio Paraguassu, e de quilombos, implantados por escravos, cujas tradições se mantém até hoje. São fatores que originaram a riqueza e diversidade da cultura popular em Cachoeira, como a interação religiosa, com a Festa de Nossa Senhora da Boa Morte, liderada por descendentes de escravas, e outras manifestações que se fazem presentes nas cidades vizinhas, como o Bembé de Mercado, em Santo Amaro, e as festas como a do Nego Fugido, em Acupe.
A vila foi elevada à categoria de cidade por decreto imperial de 13 de março de 1837 (Lei Provincial nº 44) e atualmente é considerada  monumento nacional pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. Cachoeira também é a segunda capital do estado, de acordo como a Lei Estadual nº 10.695/07. Todos os anos, no dia 25 de junho, o governo estadual é transferido para a cidade, num reconhecimento histórico pelos feitos da cidade em prol do país.

Principais monumentos
Casa de Câmara e Cadeia Pública – Construída entre os anos de 1698 e 1712, fica no limite da parte plana de Cachoeira, posição estratégica para proteger o prédio das enchentes do Rio Paraguaçu. Por duas vezes, a construção foi sede do Governo Legal da Província. Foi nela ainda que Dom Pedro I foi aclamado Regente e Defensor do Brasil, em 1822.
Convento e Igreja Nossa Senhora do Carmo – O Conjunto do Carmo é formado pelo Convento e pela Igreja da Ordem Terceira do Carmo, e fica na Praça da Aclamação, região tombada pelo IPHAN. A Construção é de 1715, em estilo barroco. O interior da igreja é revestido de ouro e painéis de azulejos portugueses, abrigando também imagens de madeira de Macau.


Igreja Matriz de Nossa Senhora do Rosário – É uma construção do Século XVIII na Praça 13 de Maio, A Igreja Matriz leva o nome da santa padroeira do município, e se destaca pela riqueza de seu interior, que possui imagens, telas, alfaias, sacrário de prata e revestimento de azulejos historiados. Do interior de suas torres piramidais, também revestidas de azulejo, é possível apreciar a vista de quase toda a cidade de Cachoeira e parte de São Félix. O local possui um dos maiores conjunto de azulejos portugueses existente no Brasil, juntamente com o convento de São Francisco no centro histórico de Salvador.

Igreja Nossa Senhora da Ajuda – O edifício que abriga a Igreja Nossa Senhora da Ajuda foi construído em 1687. Trata-se da primeira igreja da cidade de Cachoeira. A construção abriga as imagens de Nossa Senhora da Ajuda, São Francisco de Assis, São Benedito, Santa Luzia, São Caetano e São Pedro. Na Igreja encontra-se a Irmandade de Nossa Senhora d´ Ajuda.
Imperial Ponte Dom Pedro II – Inaugurada em 7 de julho de 1885, a ponte foi construída sobre o Rio Paraguaçu, ligando as cidades de Cachoeira e São Felix. Sua estrutura é composta de ferro e lastros de madeira importados da Inglaterra e mede 365 metros de comprimento e  nove metros de largura. É uma das principais obras de engenharia da América do Sul à época.


Museu Regional da Cachoeira – É a atual sede do IPHAN e está situado  na Praça da Aclamação. O prédio foi uma mansão colonial do século XVIII, dividida em dois pavimentos, como é também a característica das demais construções que o cercam. O sobrado foi uma das mais ricas e importantes residências baianas e pertenceu a diversas famílias de Cachoeira até ser doado ao IPHAN, em 1953.

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