ArabicChinese (Simplified)DutchEnglishFrenchGermanItalianPortugueseRussianSpanish
Home > Destinos Incríveis > Está em Salvador e quer conhecê-la? Onde começar? Eis a questão!

Está em Salvador e quer conhecê-la? Onde começar? Eis a questão!

Publicado em: 27/05/2023
Por: Adilson Fonsêca
Atenção: Caso qualquer das fotos que ilustram essa matéria seja de sua autoria nos informe via WhatsApp (71) 9.9982-6764 para que possamos inserir o crédito ou retirar imediatamente.

Numa cidade que tem três tipos de orla, totalizando mais de 50 quilômetros de praias, que possui um centro histórico onde o Pelourinho é Patrimônio da Humanidade, que tem na diversidade religiosa uma de suas características mais marcantes, e uma gastronomia que mistura temperos herdados dos povos indígenas, antigos escravos africanos e uma variedade internacional que se mistura ao sabor do dendê e do leite de coco, a escolha por onde começar é sempre difícil.

O melhor é começar justamente por onde os baianos mais reverenciam a sua fé, a Igreja do Bonfim. Alugue um carro e reserve a manhã para visitar a Colina Sagrada, sem antes, a meio caminho, no Largo de Roma, passar no Santuário de Irmã Dulce, a freira elevada à condição de santa pelo Papa Francisco, em 2019, como Santa Dulce dos Pobres, a primeira santa do Brasil. Irmã Dulce nasceu em 1914 e faleceu em 1992, sendo beatificada em 2011, pelo Papa Bento XVI. Lá você vai entender o porquê dela ser conhecida pelos baianos e no Brasil como O Anjo Bom da Bahia.
Nessa viagem, você chega à Colina Sagrada e no alto, o principal templo religioso dos baianos, reverenciado pelas religiões de matrizes africanas e palco da segunda maior festa popular da Bahia, perdendo apenas para o Carnaval, que é a Lavagem do Bonfim, que ocorrer toda segunda quinta-feira de janeiro. A igreja é de 1745 e a festa vem desde 1773, iniciada por antigos escravos africanos e depois, ao longo dos anos, transformada em uma festa do sincretismo religioso. Para reverenciar Senhor do Bonfim, ou Oxalá para s religiões de matrizes africanas, baianos e turistas fazem um percurso de oito quilômetros, das imediações do Elevador Lacerda até a Colina Sagrada.


Saia do Bonfim e aproveite para uma rápida chegada ao Mont Serrat, denominado assim porque é de lá que você tem uma ampla visão de toda a Cidade Baixa, e da maior parte da Baía de Todos os Santos, Pode, se preferir almoçar em um dos vários restaurantes de frutos do mar, na localidade de Pedra Furada. Depois, siga para a orla da Ribeira, na ponta da Península de Itapagipe. Lá você vai ter uma visão da Enseada dos Tainheiros, de onde se descortina, de um lado, os contrafortes do Subúrbio Ferroviário, e do outro lado, ao fundo, a Ilha de Itaparica e suas irmãs, Ilha dos Frades e da Maré. A água é tão calma que moradores e turistas, muitas vezes, colocam suas cadeiras e mesas dentro do mar e ficam por lá até a maré cheia. Da areia você tem a vista da Igreja do Bonfim por um outro ângulo. Para encerrar o dia,

Para encerrar o dia, um sorvete na mais tradicional sorveteria de Salvador, a Sorveteria da Ribeira, que existe desde a primeira metade do século passado, e está localizado no fim de linha do bairro, com vista para a Enseada dos Tainheiros. Retornando, uma passada na Ponta do Humaitá, ao fundo do forte e farol do mesmo nome, que datam de 1864. Nesse local é possível apreciar um dos mais belos pôr do sol que Salvador oferece. Além da vista do entardecer sobre as águias da Baía de Todos os Santos, o Forte de Nossa Senhora de Monte Serrat é sede do Museu das Armas, com armamentos civis e militares, leves e médios, alguns utilizados pelo Exército no passado. É considerado uma das obras militares mais primorosas do Brasil Colônia.

No segundo dia

Depois de conhecer as belezas da Cidade Baixa, que tal uma visita histórica? Comece pela descida pelo Elevador Lacerda, construção das mais icônicas da Bahia, e chegue ao Mercado Modelo, o maior centro de artesanato da Bahia. Lá você vai se encantar com a variedade de artigos, desde berimbaus, atabaques, agogôs, a folhas para infusões, patuás e demais adereços das religiões de matrizes africanas, indumentárias, e o tradicional acarajé. Defronte e ao lado, a mais nova atração: o Museu ou Casa da Música, onde numa visão moderna e digitalizada, você viajar e entender porque Salvador é considerada a capital da musicalidade.

Desfrutado desse passeio, que tal ir ao coração do Centro Histórico? O Pelourinho, cujo guardião é a Catedral da Sé, cuja porta de entrada se abre para o Terreiro de Jesus, e suas quatro igrejas – Catedral da Sé, São Domingos, São Pedro dos Clérigos e São Francisco, com sua coirmã. A Ordem Terceira do São Francisco, única em estilo barroco neoclássico. Uma pausa para o famoso “cravinho”, bebida característica à base de cravo e cachaça destilada e açúcar, e pronto. Pode caminhar pelas ruas calçadas em pedra “cabeça de nego”, assim chamada por terem sido trazidas por antigos escravos africanos no período colonial.

Entre o subir e descer de ladeira, parando para observar artistas pintando quadros, ou trançadeiras de cabelos nas esquinas para lhe dá aquele toque “rastafári”, tendo ao fundo o som dos ensaios do Olodum, aproveite para visitar o templo religioso mais eclético da Bahia, a Igreja de Nossa Senhora dois Rosário dos Pretos, ao pé da Ladeira do Pelourinho, e na entrada da Porta do Carmo. A Igreja, do século XVIII, realiza missas ao som de instrumentos das religiões de matrizes africanas. E lado a lado, católicos e pais e mães de santo se confraternizam na fé sem quaisquer problemas.
Encerre o dia com uma esticada (a pé) pelas ruas do Carmo e do Santo Antônio Além do Carmo, para apreciar em um dos casarões como que debruçados, transformados em restaurantes e cafés temáticos, sobre a Baía de Todos os Santos, apreciar o esplendor do pôr do sol.

Terceiro dia

Vir a Bahia, particularmente a Salvador, e não desfrutar de suas praias, é um pecado. E tem praias para todos os gostos. Desde as de águas mansas e rasas, na Cidade Baixa, e locais ideais para a família, como o Porto da Barra. Mas também praias para surfistas, como Piatã e Placaford, Flamengo e Stella Maris, e até mesmo recantos mais descolados, como a Praia do Buracão, no Rio Vermelho. Isso sem falar nas ilhas, como a dos Frades, onde está a primeira Praia de Selo Azul Internacional do Nordeste, a de Nossa Senhora de Guadalupe, ou com outra areia alvíssima, como a de Nossa Senhora das Neves, na Ilha de Maré.
A Praia do Ponto da Barra é uma das mais belas e frequentadas de Salvador. Essa praia fica entre dois Fortes: Santa Maria e São Diego. Se for esportista, o lugar é perfeito para a prática do SUP e da canoa havaiana. São várias as empresas desses esportes por ali. É papo de ficar o dia inteiro e ainda ver um pôr do sol memorável. Se se preferir um mar agitado, para o surf, ali perto, a Praia do Farol oferece essas condições.
Seguindo pela orla, são várias as opções até os limites da cidade, em Praias de Stela Maris. Na passagem, o Rio Vermelho, é conhecido pela boemia nos finais de tarde, e por uma das festas mais populares, a de Iemanjá, sempre no dia 02 de fevereiro.
No Rio Vermelho, além da boemia e dos acarajé famosíssimos como os das filhas de Cira e da Dinha, tem uma praia descolada, que forma um a pequena enseada, a do Buracão. A faixa de areia não é extensa, o mar não é calmo, mas o clima dos frequentadores é o diferencial: parece que todo mundo se conhece. O lugar é conhecido pelo apelido carinhoso de “praia do oi”. Tem um paredão cheio de grafites e mosaicos em espelhos. Até a escadaria de acesso foi desenhada.
Depois de curtir uma das praias à sua escolha, entre a Barra e Flamengo, passando por Itapuã, escolha um restaurante, que pode ser os tradicionais de frutos do mar, existentes em todo o litoral, ou os mais refinados, desde os existentes na avenida de Contorno, quase que debruçados sobre o mar, aos mais sofisticados, nos clubes como o Centro Espanhol e Yatch Club da Bahia.

Compartilhar: