Mucugê traz festival literário e amplia atrações da Chapada

Cidade-presépio, com pouco mais de 8 mil habitantes e loca lizada em um dos pontos mais altos da Chapada Diamantina, a cidade de Mucugê, além das suas atrações históricas e naturais, possui um dos festivais culturais mais diversificados do interior do Estado. Mucugê é tombada pelo IPHAN – Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Natural.

Há 450 quilômetros de Salvador, a cidade vai realizar, de 16 a 20 de agosto, o Festival Literário de Mucugê (Fligê), com conversas literárias com Arnaldo Antunes, Itamar Vieira Júnior e  Bianca Ramoneda e Maria João Amado, a a relação entre Literatura e Música, além de lançamento de livros, mesas de conversas, shows musicais e encontros artísticos.

Entre os destaques da programação estão a Conversa Literária “Verbos, fólios e sons” com o cantor, compositor e poeta Arnaldo Antunes e mediação da escritora, jornalista e atriz Bianca Ramoneda. Realizada na noite de lançamento da Fligê, no dia 17 de agosto, às 21h, a conversa abre as discussões sobre as aproximações da Literatura e da Música.

Sucesso de público e de crítica, o escritor baiano Itamar Vieira Júnior volta a Fligê para uma programação especial de encontros e conversas, além do lançamento e sessão de autógrafos de seu novo livro, Salvar o Fogo. Itamar participa da Mesa Literária Arar letra, salvar terra e corpo, com a atriz Gal Pereira, diretora artística e de dança do espetáculo “Jarê Cantado”, no dia 20 de agosto, às 14h.

Durante a Fligê, uma série de mesas literárias irão explorar as intersecções entre as duas expressões artísticas que são o tema da Fligê 2023. Abrimos as conversas com a Mesa Literária Música e Literatura no território da Chapada Diamantina, na sexta-feira, às 8h30, com a participação de Francisco Lima Costa Teixeira, Luiz Afonso Costa, Sérgio Siqueira Santos e mediação de Mira Silva. Em sequência, às 14h, a mesa Literatura, Linguagem e Música traz Eduardo Ledo, Carla Ghirello-Pires e Fah Baia.

Cidade-presépio – Distante 448 quilômetros da capital, Mucugê faz parte da Bacia do Rio Paraguaçu, que nasce no vizinho município de Barra da Estiva. A região de Mucugê, que desde o início do século XIX era parcialmente ocupada por fazendeiros que mantinham criação de gado, foi a primeira a atrair os exploradores ávidos por novas jazidas de pedras preciosas. Isso se iniciou por volta de 1822. A cidade comemorou, em maio, 173 anos de emancipação, e integra o circuito histórico do ciclo de diamantes da Chapada Diamantina, juntamente com Andaraí e Lençóis.

Bem preservada, possui um dos mais belos casarios coloniais do interior do Estado, e tem como destaque o Cemitério Bizantino, incrustado em um imenso paredão rochoso na saída da cidade, com seus sepulcros brancos, ao estilo do extinto Impérío Bizantino (O Império Bizantino foi a continuação do Império Romano na Antiguidade Tardia e Idade Média. Sua capital, Constantinopla, originalmente era conhecida como Bizâncio. Foi ext6into em, 1453).

Como chegar

Saindo de Salvador, é preciso percorrer os 110 quilômetros da BR-324 até Feira de Santana precisa e de lá seguir pela BR-11 (Rio-Bahia) até o entroncamento com a BR-242 em direção a Itaberaba, ou seguir pela Estrada do Feijão até Ipírá, e de lá ir até Itaberaba e seguir pela BR-242. Na BR-242, após o posto da Polícia Rodoviária Federal, segue por mais  80 quilômetros até a entrada da Rodovia Andaraí-Mucugê, num percurso de 34 quilômetros até o destino final.