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Os encantos e muitas histórias para você viver na Costa do Dendê

Publicado em: 15/05/2023
Por: Adilson Fonsêca
Atenção: Caso qualquer das fotos que ilustram essa matéria seja de sua autoria nos informe via WhatsApp (71) 9.9982-6764 para que possamos inserir o crédito ou retirar imediatamente.

Se você já foi a Morro de São Paulo, Barra Grande, Taipus de Fora, Boipeba, Morerê (se não foi nunca é tarde para ir) deve ter se maravilhado com as belezas naturais desse pedaço de terra e mar, que faz parte da Península de Marau, na região entre a Baía de Camamu e cidade de Valença. Esse paraíso único, que atrai gente de todo o mundo e encantou o craque Neymar que ali foi passar as férias de fim de ano, revela agradáveis surpresas em terra.
A parte terrestre da famosa Costa do Dendê no sul da Bahia, reserva um pouco da própria história dos tempos da colonização portuguesa e das lutas travadas ao longo do litoral baiano. Este santuário ecológico, cheio de ilhas, enseadas, e foz de rios, mostra uma variedade de ecossistemas costeiros, piscinas naturais, estuários e o vasto Oceano Atlântico com belíssimas praias, recifes, manguezais, campos naturais e tipos florestais da Mata Atlântica com uma variada fauna e flora. Além do litoral a península também oferece outros tipos de atrações voltadas ao ecoturismo como cachoeiras e trilhas ecológicas. E também muita história.


Na Costa do Dendê são 115 quilômetros de costa, desde a Baía de Camamu (ao sul) até a foz do Rio Jaguaripe (ao norte), que além das praias, abrigam ilhas, rios, cachoeiras, restingas, manguezais, recifes de coral e paisagens históricas. São possíveis o turismo de aventura, de esportes radicais e prática de mergulho, turismo náutico, histórico, ecoturismo e o tradicional de sol e praias.
Você se encanta logo na entrada, com a cidade de Valença, cortada pelo rio Uma, é visitado principalmente por ser o principal acesso à Ilha de Tinharé e Morro de São Paulo. Mas também pela a praia do Guaibim com o seu extenso areal, localizada a cerca de 17 km da sede do município. O município foi criado como distrito de Cairu, com a denominação de Santíssimo Coração de Jesus de Valença, elevando-se à condição de vila em 10 de novembro de 1849, recebendo então a denominação de Valença.
Nesse trajeto que começa logo após o desembarque do ferry boat, que faz a travessia de Salvador para o sol, pela Baía de Todos os Santos, o roteiro segue pela BA-001, que passa por Valença e vai até Camamu e de lá para Itacaré e Ilhéus, já na chamada Costa do Cacau.

Taperoá – É a segunda cidade, a poucos quilômetros de Valença. Ali existe o centro de comercialização de caranguejos, no distrito de Graciosa, que é também ponto de partida para quem quer visita as inúmeras ilhas. Ao longo da estrada várias famílias comercializam, da porta de sua scasdas, azeite de dendê, óleo de coco e artesanatos feitos de piaçava dos dendezeiros.
Nilo Peçanha – A cidade, que teve origem em 1565 de uma vila chamada Santo Antônio de Boipeba, é a terra dos mascarados que formam um dos grypos folclóricos mais tradiciopnais da Bahia, a Zambiapunga. Em 1618 foi criada a freguesia de Divino Espírito Santo de Boipeba. Em 1930 passou a se chamar Nilo Peçanha. Nessa cidade, funciona um pequeno estaleiro para a fabricação de canoas, geralmente em vinhático. Vale a pena conhecer os vários prédios tombados pelo Patrimônio Histórico, e o seu distrito, São Benedito, distante da sede 49 quilômetros.
Ituberá – É conhecida como a “Capital das Águas Baixas, por causa das suas belíssimas cachoeiras a poucos quilômetros da sede. Foi originada de uma Aldeia de Índios que chegaram na região no século XVIII. Foi berço dos índios Aymorés.No município estão duas das principais atrações do turismo da Costa do Dendê: a Praia de Pratigy, ainda quase que intocável, e a Cachoeira de Pancada Grande.


Camamu – Camamu tem origem numa aldeia Tupiniquim, em 1561e foi transformada em freguesia, após o estabelecimento de uma missão de jesuítas. Chamava-se então Aldeia de Nossa Senhora da Assunção de Macamamu. É a terceira maior bacia do Brasil, perdendo para a de Todos os Santos, onde se situa Salvador, e da Guanabara. Mas é a mais profunda de todas. De lá saem os principais roteiros turísticos para a Península de Maraú, como Barra Grande, Taipus de Fora e do passeio pelo Rio de Contas, que leva até Itacaré.
Cairu – Junto com Maraú, são os dois municípios que não afastados da rota da BA-001. Cairu é a sede administrativa de Morro de São Paulo. É o mais antigo da Costa do dendê e também o maior deles. A penetração portuguesa no território iniciou-se na primeira metade do século XVI, por Francisco Romero, que encantado com a amenidade do clima e a graciosidade do local, iniciou, aí, uma povoação, enfrentando a ira dos índios aimorés.
Foi tornada vila em 1608, das mais importantes da colonia, inclusive sendo sede de ouvidoria da Capitania de Ilhéus. Foi município criado em 1608, desmembrado de Ilhéus, recebendo a denominação de “Vila de Nossa Senhora do Rosário do Cairu”.


Maraú – É chamada de “Polinésia Baiana” devido à sua rara beleza e transparência de suas águas. Possui belíssimas praias distribuídas entre seus vários povoados, além de dezenas de olhas, cachoeiras e manguezais. Muitas das ilhas não fazem parte dos roteiros tradicionais, e são pouco habitadas. Seus povoados costeiros mais conhecidos são Barra Grande, Taipus de Fora e Algodões. Lá também fica localizada a terceira maior baía do país, a de Camamu, onde desagua o Rio Maraú.

Recentemente, a Península de Maraú começou a ser descoberta por baianos e turistas. Os moradores mais antigos contam que Maraú já foi visitada até pelo escritor e aviador francês Antoine de Saint- Exupéry, autor de “O Pequeno Príncipe”, que ali teria permanecido tempo suficiente para fixar residência.

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