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Para rever Salvador, o mais breve possível

Publicado em: 09/04/2024
Por: Adilson Fonsêca
Atenção: Caso qualquer das fotos que ilustram essa matéria seja de sua autoria nos informe via WhatsApp (71) 9.9982-6764 para que possamos inserir o crédito ou retirar imediatamente.

Claro que torcemos para que a pandemia vá embora e com a sua ida, todos possam, dentro dos protocolos de segurança sanitária, irem retomando a vida normal. E nesse retorno à nova normalidade, o turismo não pode ficar de fora, pois se trata não apenas de uma visita, mas de ampliação do conhecimento histórico e cultural do nosso País, onde Salvador, a primeira capital do Brasil, tem muito a oferecer, do ponto de vista paisagístico mas também da própria história do nosso povo.

Eé nesse contexto que bate a saudade de uma Salvador pulsante nas ruas, nos becos e ladeiras do Centro Histórico. Na efervescência de suas praias, na fartura de sua culinária, no sincretismo da sua religiosidade e na imensa variedade histórico e cultural. Nesse tempo de pandemia, enquanto se reestruturava para enfrentar o coronavírus, a cidade não parou e aproveitando o pouco fluxo de pessoas nas ruas, se preparou para o momento de retorno, requalificando suas principais atrações e estando pronta, cada vez mais bonita, para receber os visitantes nesse novo período.

A quarentena social, consequência da pandemia, é uma adaptação a um novo normal. Lives se tornaram nossos shows, rodas de conversas e palestras. Pelos aplicativos, as carinhas, umas do lado das outras, são agora como nossas reuniões de amigos no Largo da Dinha nas noites fervidas do Rio Vermelho. Os encontros e desencontros agora só quando cruzamos com alguém no mercado. Gritar da janela: “Eu falei Faraóóóó” virou a paródia mais carinhosa para o: “e aí, man, cadê você?”, clássico das conversas de pessoas que não se veem constantemente.

Por isso pulsa no coração de baianos e turistas, os que por aqui já estiveram e mantém o desejo de retornar. Ou daqueles que aguardam ansiosos o momento de poder visitar essa terra maravilhosa, cantada por brasileiros e estrangeiros, nas mais diversas línguas e religiões. Que saudade de andar pelas ruas de Salvador. Por isso foi que a Prefeitura de Salvador, através da Secretaria de Cultura e Turismo (SECULT), lançou a campanha “Uma saudade chamada Salvador”. Uma série de conteúdos digitais sobre recordações da capital baiana, pode oferecer aos turistas de todo o Brasil e do mundo, a oportunidade de conhecer um pouco mais desta que foi o primeiro núcleo urbanizado do país. Tudo no Instagram @visitsalvadordabahia.

O pôr do Sol – Esse ano, faltou o forró na praça e beber licor para celebrar São João, ver as danças majestosas em volta da fogueira na Festa do fogo de Xangô. E do que o soteropolitano mais sente saudade? Povo afetuoso que só, arriscamos dizer que, em primeiro lugar, do abraço, segundo, das festas, e  das feijoadas, cozidos e carurus com família e amigos em volta da mesa.

Mas Salvador tem isso. Aqui, se sente falta das coisas simples, como ir comprar flores no Dois de Julho e bater perna na Avenida Sete. Vontade de ver a Fonte Nova lotada para um clássico jogo do Ba-Vi. De comer um acarajé na rua, onde as filas viram pontos de encontro. Na sexta, dia de vestir branco, ir à missa na Igreja de Nosso Senhor do Bonfim, de amarrar mais uma fitinha, de pedir proteção.

A religiosidade do Bonfim – É quase que uma obrigação, não apenas dos católicos, mas das diversas religiões e credos, dentre as quais as de matrizes africanas, que reverenciam o santo dos baianos, Senhor do Bonfim, como Oxalá. No Alto da Colina |Sagrada, na Península de Itapagipe, Cidade Baixa, o santo de todos os baianos… e dos brasileiros, aguarda a sua visita.

Fazer compras nas feiras, a de Sete Portas, romanceada por Jorge Amado, ou na Feira de São Joaquim, com seus barcos atracados e seu tradicional samba de domingo. Comprar seriguela, caju, mangaba, cajá, cajá-umbu, umbu, frutas que usamos nas roskas, mas que também achamos nos sorvetes da Sorveteria da Barra, da Ribeira, do Laporte (no Pelourinho) e até nos sabores dos famosos licores das freiras do Convento do Desterro.

O Centro Histórico – Subir e descer ladeiras, como faziam os baianos e portugueses do tempo colonial, quando os primeiros casarios e igrejas foram erguidos… e se mantém de pé até hoje. Entre um som do Olodum, ou de cruzar com uma roda de capoeira, tendo ao fundo o cheiro inigualável de uma moqueca de peixe ou de um acarajé, o Centro Histórico, com destaque para o Pelourinho e o Santo Antônio Além do Carmo, aguardam a sua visita para o mais breve possível.

O lado bom, é que essa nostalgia., é que em breve poderemos transformar cada uma dessas lembranças em planos. Como andar pelas ruas do Centro Histórico, fazer uma foto bombástica da varanda do Palácio Rio Branco com o Elevador Lacerda ao fundo e depois aproveitar e ir tomar um maltado de coco na Sorveteria da Cubana. Com sorte, dar de cara com o Bloco Olodum pelas ruas do Pelourinho e se deixar levar por essa musicalidade.

 

Porto, Rio Vermelho e Itapuã – Já tá na lista saltar do trampolim do Porto e em São Tomé de Paripe. Aí também entra pegar um barquinho para Ilha de Maré só para tirar foto naquela Igrejinha na Praia das Neves. Ou, quem sabe, reunir amigos, fechar um barco e ir parando até a Ilha dos Frades, passar o dia na Ponta de Nossa Senhora de Guadalupe e Loreto. E é claro, não se pode esquecer dos acarajé da Dinha e de Regina, no Rio Vermelho, e de Cira, em Itapuã, ou mesmo de outras baianas espalhadas ao longo das ruas da cidade, que apenas aguardam a volta à nova normalidade para recebert a todos com aquele sorriso que têm..

Saudade de passar um dia inteiro no Solar do Unhão e na Gamboa. Relaxar na praia das pedrinhas, comer uma moqueca de arraia em Dona Suzana ou um peixe frito no Bar A Novidade, ou até pegar um barquinho para o Bar da Mônica e ficar entre uma bebida gelada e o banho de mar. Vontade de turistar por aí, de tirar foto na frente do mosaico de asas no Rio Vermelho, obra do artista plástico Bel Borba, ou da escultura Odoyá do artista plástico de Ray Vianna que ficam na mesma orla.

Como diz aquele velho clichê: às vezes valorizamos mais as coisas quando as perdemos. E agora que “perdemos” temporariamente a liberdade de ir e vir, com certeza vamos valorizar ainda mais cada batuque de tambor, cada gota de dendê, cada pôr do sol, cada pedalada no calor da orla, cada brisa com cheiro de maresia que bater em nosso rosto. Salvador é feita de grandes celebrações e muita euforia, mas também de pequenos detalhes e singelas manifestações da natureza que aquecem nossos corações

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