Com protocolos de segurança sanitária os cruzeiros marítimos estão de volta

A capacidade será limitada a até 75%, mas o glamour e o conforto serão os mesmos. E eles retornam depois de quase dois anos paralisados, por conta da pandemia do novo coronavírus (Covid-19) que assolou o mundo inteiro. E por conta disso, os cruzeiros voltarão a navegar na costa brasileira, reaquecendo o segmento de turismo náutico do país. A volta das embarcações foi autorizada pelo governo federal, com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) definindo os protocolos sanitários que viabilizam a operacionalização das embarcações no Brasil.

Com, a retomada gradual do turismo, faltava apenas o setor de cruzeiros marítimos ter o seu calendário definido. O setor aéreo já está registrando altas consecutivas no número de passageiros e o setor rodoviário tem previsão de alcançar índices pré-pandemia ainda este mês. Agora, com o retorno dos cruzeiros, o clico se completa e a retomada das atividades vai contribuir para a geração de emprego e desenvolvimento do setor.

A liberação do retorno dos cruzeiros marítimos apenas se dará exclusivamente em águas brasileiras, o que fez com as companhias operadoras dos transatlânticos redirecionassem seus navios, que antes faziam as rotas da América do Sul e Caribe, para operarem apenas não longo do litoral brasileiro.

Segundo a Associação Brasileira de Cruzeiros Marítimos (CLIA), a temporada 2021/22, que vai de 31 de outubro até 19 de abril, terá a oferta de mais de 566 mil leitos ao longo do período, que vão estar distribuídos em cinco embarcações, que se dividirão entre 129 itinerários que incluem as cidades do Rio de Janeiro, Santos, Salvador, Angra dos Reis, Balneário Camboriú, Búzios, Cabo Frio, Fortaleza, Ilha Grande, Ilhabela, Ilhéus, Itajaí, Maceió, Porto Belo e Recife.

Segurança sanitária – Entre as principais medidas estabelecidas pela Anvisa estão a ocupação máxima de 75% da embarcação; distanciamento entre grupos de viajantes de, no mínimo, 1,5 metro; tripulantes e passageiros vacinados, desde que elegíveis pelo Programa Nacional de Imunização (PNI); uso obrigatório de máscaras a bordo e em terminais de passageiros; realização de testagem diária contra a Covid-19 de, pelo menos, 10% da tripulação e 10% dos passageiros; entre outras.

Além destes critérios, a Agência condiciona a atuação das embarcações a fatores como edição de planos de operacionalização pelos governos locais, que estabeleçam as condições para assistência em saúde dos passageiros desembarcados em seus territórios e para execução local da vigilância epidemiológica ativa; o cumprimento das regras previstas na Portaria do Ministério da Saúde nº 2.928, publicada na última quinta-feira (28.10), que trata da avaliação do cenário epidemiológico de Covid-19 e as condições para o cumprimento do isolamento ou da quarentena de viajantes e das embarcações; e alocação de cabines para acomodar viajantes que necessitam de isolamento.

Temporada 2021/2022 – As principais companhias operadoras dos cruzeiros marítimos no litoral brasileiro já definiram seus roteiros e pacotes de viagens. A MSC, por exemplo, com o navio MSC Preziosa estréia em águas nacionais, saindo do Porto de Santos (SP). Ao todo, serão cinco embarcações navegando pela costa brasileira, responsáveis por ofertar cerca de 386 mil leitos, com 107 roteiros e 392 escalas em destinos nacionais como Rio de Janeiro, Santos, Salvador, Angra dos Reis, Balneário Camboriú, Búzios, Cabo Frio, Fortaleza, Ilha Grande, Ilhabela, Ilhéus, Itajaí, Maceió, Porto Belo e Ubatuba. Serão quatro portos de embarque disponíveis no Brasil: Santos, Rio de Janeiro, Salvador e Maceió.

Já a Costa Cruzeiro, com o navio Costa Fascinosa, tem embarques a partir de Santos, em viagens de 3 ou 4 noites e também cruzeiros de 7 a 10 noites – passando por Santos, Angra dos Reis, Ilha Grande, Ilhabela, Búzios, Rio de Janeiro e Itajaí, a partir de Santos, Rio de Janeiro e Itajaí. Já com o Costa Smeralda, os embarques se darão nos portos Santos e de Salvador. O Costa Smeralda será o maior navio da história da temporada brasileira.