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Santo Amaro, berço da capoeira e de Caetano

Publicado em: 22/05/2023
Por: Alex Ferraz
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Já pensou voltar quase 5 séculos no tempo e fincar os pés onde nasceu a famosa capoeira, mistura de dança e luta, um dos símbolos dessa terra chamada Bahia? E mais que isso, que foi nesse mesmo pedaço de chão que nasceu o maculelê, outra dança típica de nossas origens?

Bom, se você ainda quer mais, voltemos ao nosso tempo. Que tal então conhecer a terra de Caetano e Bethânia, esse pedaço mágico de Bahia que abrigou Dona Canô e foi cantada em versos musicados por todo o Brasil?

 

Pois é, estamos falando de um povoado fundado em 1557, apenas 57 anos após a descoberta do Brasil e quando Salvador ainda era a capital do País: Santo Amaro de Purificação. Hoje cidade, fica a cerca de 73 quilômetros de Salvador (via BR-324), abriga um rico artesanato, é famosa por sua gastronomia e alguns mistérios.

De um modo geral, trata-se de uma cidade com muita história, hoje com uma população em torno de 60 mil habitantes.

O povoado que deu origem a Santo Amaro foi fundado, em 1557, para a exploração da cana-de-açúcar, do fumo e da mandioca. Foi elevado a vila em 1727. Em 1837, tornou-se uma cidade com o nome oficial de Leal Cidade de Santo Amaro, hoje Santo Amaro da Purificação.
Em frente a uma das casas da cidade encontra-se uma homenagem aos dois filhos mais ilustres de Santo Amaro. “Caetano, poeta da terra, menino da gente, nós amamos você” e “Bethânia, de tuas cordas vocais emerge esta gente bonita, tua voz é a melhor notícia da terra que te gerou”.

 

E se o Brasil inteiro, e mesmo outros países, conhecem a fama da Lavagem do Bonfim, em Salvador, não custa curtir a segunda mais famosa lavagem da Bahia, a de Santo Amaro. Todos os anos, sempre no final de janeiro e início de fevereiro, a igreja de Nossa Senhora da Purificação, cuja obra foi concluída em 1700, festeja uma grande homenagem à padroeira, com eventos que, iniciados uma semana antes, têm seu clímax no dia 2 de fevereiro. O apogeu da festa é um ritual semelhante ao da Festa do Bonfim, com a participação de mais de 400 baianas que lavam com água de cheiro as escadarias e o piso da igreja.

Aliás, a igreja, cujas festas sempre mereceram atenção maior da matriarca dos Veloso, a saudosa dona Canô, merece detalhada visita. Ela tem o interior decorado com azulejos portugueses e pinturas a óleo sobre madeira, obras de José Joaquim da Rocha.

 

Outro ponto que merece visita por sua importância histórica são o Museu do Recolhimento dos Humildes, que possui valioso acervo de móveis do século XIX e peças de arte sacra, algumas das quais do século XVII, outrora pertencentes a capelas de engenhos.

Também vale a pena ver a Cachoeira do Urubu, de 38 metros de altura e com cinco quedas d’água. O acesso só é permitido com acompanhamento de guias credenciados pela Secretaria da Cultura, que podem ser contatados.

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