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Salvador, 472 de história e muita beleza

Publicado em: 26/03/2021
Por: Adilson Fonsêca
Atenção: Caso qualquer das fotos que ilustram essa matéria seja de sua autoria nos informe via WhatsApp (71) 9.9982-6764 para que possamos inserir o crédito ou retirar imediatamente.

Mais de quatro séculos e meio depois, a gente entende o porquê do deslumbramento dos primeiros portugueses, quando em 29 de março de 15439, liderados pelo expedição de Thomé de Souza, aportaram na prainha do Porto da Barra e lá fincaram pé para fundar a que seria, mais tarde, a primeira capital do Brasil. Aguas mornas e transparentes, ao pé de uma encosta. Uma baía profunda, larga e mansa, pontilhadas de ilhas, e o local ideal para fundar uma cidade para consolidar o reinado de Portugal fora da Europa. Surgia, assim, Salvador.

Mesmo em tempos de recrudescimento da Pandemia do Coronavírus, em que todos são orientados a sair o mínimo possível, e mesmo assim com todos os protocolos de segurança sanitária, onde a máscara e o álcool gel e o distanciamento social são imprescindíveis, não há como não deixar de notar a beleza dessa cidade, recortada pelo Oceano Atlântico, na entrada da maior baía do Brasil e a segunda maior do mundo, onde o sol brilha quase o ano todo. Uma cidade marcada pelo ineditismo da história, da cultura e das belezas naturais, onde tudo se harmoniza.

Nessa terra que se tornou a primeira capital do Brasil. Mistura de tradições, história e etnias do europeu, na figura dos portugueses, e mais tarde dos espanhóis, holandeses, italianos, ingleses, alemães, estavam os indígenas de várias nações, dos tupis, tamoios e suas derivações étnicas, primeiros habitantes dessa terra. E mais tarde vieram os negros, na figura de escravos trazidos da África, da Guiné, do Congo, de Angola. E como resultado dessa mistura, a cidade ganhou uma culinária única, uma musicalidade e cultura ímpares, e um sincretismo religioso que não se vê em nenhuma outra parte do mundo.

Uma Salvador dos casarios do Pelourinho, tombado como Patrimônio Histórico, Arquitetônico e Cultural da Humanidade, dos sobrados seculares que misturam os mais diversos estilos, expostos nas igrejas e museus, onde o barroco, o clássico, o neoclássico, o rococó e até mesmo o art nouveau se confundem com o contemporâneo. Onde a arte se manifesta na capoeira angola e regional, mas também no passo cadenciado do Ijexá, imortalizado nas danças de blocos afro como Ilê e Olodum, e de afoxé como o Filhos de Gandhy, que fizeram do nosso carnaval festa ímpar no mundo.

De uma religiosidade em que Deus é também Oxalá e santos católicos, como Santa Bárbara, São Lázaro e São Bartolomeu, também são Iansã, Omulu e Obaluaê, das religiões de matrizes africanas. Onde a Lavagem do Bonfim, iniciada por escravos e escravas africanas, se transformou na maior manifestação de fé católicos e africana, de evangélicos e até mesmo dos que se dizem sem religiões. Onde numa missa pode-se ouvir o som de atabaques, timbales e agogôs num mesmo espaço, em plena harmonia de fé e religiosidade. Mostrando a dimensão do sincretismo não apenas religioso, mas também cultural e histórico.

É essa Salvador, com três tipos de orla -Atlântica, da Baía de Todos os Santos e do Subúrbio Ferroviário -, onde se come acarajé com Coca Cola, e onde as sextas-feiras é dedicada à comida baiana, de uma infraestrutura moderna, com o metrô ligando o aeroporto ao centro da cidade, modernas avenidas, e com o maior conjunto arquitetônico colonial do País, plenamente conservado, que faz 472 anos.

Uma Salvador, como em todo o País, que mantém firmes os protocolos de segurança sanitária para combater o Coronavírus, e que só aguarda o fim da pandemia para retomar a sua pujança como um dos destinos turísticos mais procurados pelos brasileiros e por bia parte dos estrangeiros.

De máscaras, com álcool gel e mantendo um distanciamento social seguro, todos nós cantamos: “Parabéns pra você, nessa data querida….”.

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