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Um passeio ecológico na área urbana de Salvador

Publicado em: 07/09/2023
Por: Adilson Fonsêca
Atenção: Caso qualquer das fotos que ilustram essa matéria seja de sua autoria nos informe via WhatsApp (71) 9.9982-6764 para que possamos inserir o crédito ou retirar imediatamente.

Para quem ainda não conhece Salvador e imagina que a histórica capital baiana oferece apenas como opção de lazer as festas populares e seu extenso litoral, terá uma grata surpresa ao descobrir que no meio agitado da área urbana da cidade, em duas regiões distintas, pode-se fazer um turismo ecológico. Defronte a uma das praias mais conhecidas e localização de alguns dos principais hotéis da cidade, está o Parque Zoobotânico Getúlio Vargas, no bairro de Ondina. E do outro lado da cidade, no bairro de São Marcos, a cinco minutos da Av. Paralela, o Jardim Botânico Municipal.

São dois espaços distintos onde pode-se conhecer e contemplar diversas espécimes animais e vegetais, com infraestrutura para receber os visitantes, dentro dos protocolos de segurança sanitária por causa da pandemia do coronavírus. O Jardim Botânico, totalmente restaurado pela prefeitura, se transformou em uma agradável surpresa para os baianos e agora também para os turistas. Em meio a bairros densamente populosos, é uma espécie de oásis, com diversas espécimes de pássaros, árvores enormes, linda vegetação e um refúgio perfeito que está disponível à visitação do público.

Além do lazer, o espaço também é um campo para estudos, manutenção e conservação da Mata Atlântica na capital baiana. Nos seus 160 mil metros quadrados, existem cerca de 61 mil espécies vegetais e as pessoas podem consultar as espécies, não só da Mata Atlântica mas também do Cerrado e Caatinga. É praticamente um laboratório vivo. No local também estão em exposição, para entrega aos visitantes, algumas mudas de espécies nativas frutíferas, utilizadas na culinária e medicinais, a exemplo do Cajueiro, árvore de Aroeira, Pitanga e Urucum.

Trilha elevada – Para quem gosta do contato mais próximo com a natureza, o Jardim Botânico de Salvador possui uma trilha elevada de 795 metros, que de extensão pela mata, que é delimitada por guias de concreto e, ao final, encontra-se um pavilhão revestido com madeira. O viveiro de plantas também passou por intervenção, sendo criado a partir daí um pavilhão de observação da natureza. O entorno tem paisagismo com grama e vegetação nativa da mata existente em mais de 4 mil metros quadrados.

Com área total construída de 2,2 mil metros quadrados, o prédio principal possui quatro pavimentos. No subsolo, são encontrados vestiários, copa, depósito, estufa, sala de ar condicionado e sanitários. No andar térreo está o auditório com capacidade para 47 pessoas, conectado com o foyer. Conta ainda com o espaço semicoberto para atividades diversas com arquibancada. O ambiente digital com expositivos voltados à educação ambiental, além de hall de exposições e sanitários, também fazem parte deste andar.

O primeiro pavimento tem área vegetal descoberta, de onde é possível avistar a copa das árvores, ou seja, a parte aérea da vegetação local. Também estão no primeiro andar o setor de programas e pesquisas, laboratórios, setor de coleções vivas, setor de acervo científico, salas administrativas, sala de curadoria, herbário, espaço de reuniões, copa/café e sanitários. Por fim, a cobertura vegetal possui área calçada, que permite o acesso e vista para a área externa. O Jardim Botânico de Salvador é também uma área que abrigam um espaço etnobotânico, voltado à proteção e ao cultivo de espécies utilizadas em cultos afro-indígena-brasileiros, além de vegetais ameaçados de extinção.

Espaço Zoobotânico

Com uma área de 700 mil metros quadrados, o Parque Zoobotânico de Salvador (Jardim Zoológico) está localizado em uma área nobre da cidade, no bairro de Ondina, na Orla Marítima da capital baiana. No espaço de 700 mil metros quadrados, 250 mil metros abriga vegetação de mata. Foi criado em 1958, e abriga 1500 animais existentes pertencentes a 142 espécies diferentes. O local é aberto à visitação pública.

Considerado uma boa opção para o turismo ecológico, o Jardim Zoológico de Salvador proporciona não apenas um ambiente de lazer, mas também de conhecimentos, pois tem espaços para realização de pesquisas acadêmicas, conservação e preservação de plantas e animais, além de educação ambiental e clínica veterinária;

No zoológico, encontram-se os 950 metros quadrados do Horto do Zoo, uma biblioteca com física com 1.500 títulos, uma biblioteca virtual e o Museu de História Natural (museu de taxidermia criado em 1979). Sua origem vem do século XIX, em uma área da antiga Fazenda Areia Preta (o atual bairro de Ondina) recebida como indenização pelo suíço Frederico Meuron por perdas na Batalha de Pirajá, que consi9lidou a Independência da Bahia. Inicialmente abrigou um orquidário e só mais tarde ganhou a sua função atual. O animal-símbolo do zoológico é a Ararinha Azul (Anodorhynchus leari), ave ameaçada de extinção endêmica, e cujo habitat na Bahia é a região do Raso da Catarina, entre os municípios de Paulo Afonso, Jeremoabo, Canudos; no Semiárido Baiano.

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